Às vezes eu esqueço de falar que eu sinto saudades...
Saudades de alguma coisa que ainda não aconteceu... Às vezes eu esqueço de me lembrar dos fatos que se passaram... Às vezes eu não falo porque sei que as palavras não são capazes de expressar o que sinto... Na maioria das vezes o que falo não é compreendido e o silêncio fala mais alto quando eu me olho... Percebo como sou pequena diante de tudo o que me faz bem...Meu Deus às vezes é um pote de sorvete, às vezes é um chocolate e às vezes é o meu canto... Preciso estar só vez em quando, caminhar sem direção e olhar rostos que não conheço... Olhar o céu com aquela esperança que não tenho, para tentar acreditar em algo...Sei que sou como uma colcha de retalhos, pequenos pedaços de pequenas partes, pequenas lembranças, pequenos momentos, pequenas conquistas, músicas, pedaços de gentes que passam, pedaços de mim que ficam, pedaços dos outros... Qual será o verdadeiro segredo de Estar e Ser? O que é que temos que saber? Em quantos livros eu ainda vou me perder por entrelinhas?... Quantas pessoas eu ainda irei encontrar e em quantas eu vou me perder? A vida é tão leve que todo dia eu penso que é o dia para eu morrer...
Já perdi de vista quantas Marinas eu mesma matei, para no fim das contas ter uma em cada canto escondido da casa... Em cada canto encontro um pedaço de mim, do que já fui e do que não sou...
Eis-me...
Ser talvez algo que ainda não se sabe, talvez uma parte dos que já se foram e dos que vieram... E entre Clarice Lispector e Fernando Pessoa, soam verdades escondidas... Aquelas que não conseguimos pegar com as mãos... Fugir de uma realidade para abstrair o que dela conhecemos e ir de encontro com aquilo que para nós é desconhecido.
Um comentário:
Virei sua fã!
Seus poemas,textos e frases são maravilhosa adorei mesmo.
Esta de parabéns!
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