quarta-feira, 7 de maio de 2008

É hoje eu me permiti

É hoje eu me permiti – sem arrependimento nenhum – ser má e infantil. Aumentei o tom de voz, gritando(*) com toda a força que havia reprimido durante os malditos quatro anos. Não que restem apenas más lembranças. Mas elas superam as boas, e estas por sua vez, foram conseguidas com muito esforço, humilhações, e falta total de orgulho de minha parte.
(*)com a tecla CAPS LOCK, pois o cenário disso tudo foi uma tela aberta do MSN.

Sim, fui tola. Mas precisava tirar da garganta algo que estava aqui há 4 anos. Se já havia saído do coração, porque ainda insistia em ficar cravado aqui na garganta? A hora de dizer basta já havia passado, mas corri atrás dela e recuperei o tempo perdido. E por mais que hoje eu tenha sido boba, infantil, má, “sem-educaçona”, aah, não me arrependo! Pois passei o peso que carregava em minhas costas – sem necessidade nenhuma – para quem realmente devia se preocupar com ele, mas que talvez nem soubesse que ele ainda existia.

Se vai durar, não sei. Se vou conseguir deixar de ser orgulhosa, não sei. Se serei capaz de amar novamente da mesma forma que amei, sem orgulho, sem medo, com vontade, me entregando por inteira, sem pensar em mim, também não sei. Mas vontade não falta.

As marcas das feridas permanecerão pra sempre. Mas agora paira no ar a mesma leveza, a mesma calma, que há tempos eu não conseguia sentir. Espero que ela dure mais que apenas algumas horas. While this, vou tentando aproveitar cada minuto de liberdade que agora me cerca. Afinal, não sei quanto tempo esse minuto irá durar.

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