quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ação, ação, ação!

Algo aqui quer mudar. Quer lutar, quer crescer, quer sair. Quer ter uma razão, um motivo, uma essência, um porquê. Um passatempo - trabalho, lazer, estudo, anything - e entrar de corpo e alma, pra que não haja tempo, um milésimo de segundo sequer, pra pensar no ontem, no hoje e no amanhã.

Ação, ação, ação! Como em algum filme onde todas as cenas são inesperadas, inusitadas, e mesmo assim revigorantes. Falta alguma coisa. Desejo, vontade, paixão. Razão, falta uma razão.

A simples idéia de que isso ainda vai demorar a acontecer me deixa mais ansiosa, mais angustiada, mais introspectiva, mais menos. Essa constante inconstância me devora por dentro, e traz à tona algo que não sou eu - ou talvez até seja sim, o meu eu mais obscuro, mais depressivo, mais cheia de nhem-nhem-nhem. E eu odeio estar cheia de nhem-nhem-nhem.

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa.
Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas.
A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro...
(Clarice Lispector)

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