terça-feira, 25 de março de 2008

Soltei a tua mão

O maior inimigo que temos, somos nós mesmos. Somos nosso grande obstáculo: nossa insegurança, nossos medos, receios, nossos ciúmes, nosso orgulho. Dar-nos conta disso, nos dá consciência e sabedoria para eliminá-los.

Não porque deixei de acreditar...
Soltei a tua mão porque confio em ti.
Em meio a tantos desvaneios acabei acordando
Abri meus olhos essa manhã e já não estavas aqui.
Tu soltaste minha mão.
Não quis saber se eu podia deixar-te ir...
Apenas desprendeu-me de ti.
Arrancou-me dos teus olhos
Roubou a imagem que eu tinha de ti nos meus.
Eu vou deixar-te ir...
Deixar evaporar daqui o que sobrou de ti
O que sobrou de mim
A tarde tem surpresas que amanhã desconhece
E todo amor é puro até que adoece...
Mas foi lindo... foi eterno na sua finitude
Que transcenda...
Que o coração compreenda...
Que o corpo se acostume...
A decisão mais sábia é aquela que fazemos sem olhar para trás
Ficam as lembranças para quando houver saudade...
Ficam os detalhes para quando a dor doer...
Ficam os retratos para quando a memória falhar...
Fica no vácuo o brinde pelo amor e pela paz...
Ficam pelo caminho os planos que não fizemos...
Fica no coração o amor adormecido... desenganado
Até que morra por abandono.

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