quarta-feira, 25 de junho de 2008

NO LOGO


NO LOGO

Eu não gosto de preconceito. Eu odeio rótulos. Como publicitária que sou, admiro logomarcas em latas de refrigerante e margarinas. Mas, por favor. Eu não sou produto. Eu não gosto de estereótipos. Não tenho escrito em mim: modo de usar, ingredientes, posologia, contra-indicações, nem serviço de atendimento ao consumidor. Portanto, não me rotule. Eu sou mil Fernandas.

Quer me conhecer? É preciso tempo. Você tem? Você quer? Então não fale o que não sabe. É feio julgar os outros. Deixe isso para Deus, no tal juízo final, na hora de apresentar as contas.

Porque uma das piores coisas do mundo é isso: abrir a boca para falar do outro. Julgar. Padronizar. Rotular. Falar pelos cotovelos o que não se sabe.

Eu não entendo. A vida tem que ser mais que isso. Ou nós viramos produto?
Nosso futuro está em prateleiras?

Ps: Desculpem o desabafo. Muita gente ainda julga os outros pela aparência, pela profissão, pela conta bancária, pelo endereço, pelo passado, pela preferência sexual, pela cor da pele, pela idade, pela roupa, pelo número de tatuagens, pelo percentual de gordura, pelo estado civil, pela escola que freqüentou, pelo número de vezes que foi feliz, pela quantidade de vezes que mandou alguém à merda...

Por favor, não vamos deixar o mundo virar uma novela das oito.
Chega de Darlenes, Lauras e os personagens rotulados de Gilberto Braga.

Ai! Tô de TPM... (Nem precisava dizer né?) Fico impossível...
Mas, foda-se! Hoje quero dizer não para o Preconceito. Não para os Estereótipos. Não para os Rótulos.

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