domingo, 19 de outubro de 2008

Utopia e nossas escolhas

Utopia e nossas escolhas

Pensando nas escolhas que fazemos na vida e naquelas que fazem pela gente.

Quando gostamos de alguém, por exemplo, às vezes o nosso amor é maior, ou nossa maneira de amar diferente. É uma escolha nossa sufocar esse sentimento ou deixa-lo surgir com tudo.

Outras vezes alguém vai embora, parte sem rumo e sem explicação e nos deixa com a tristeza do fim, mas entendemos depois de muito sofrimento que não fizemos parte da escolha dela, que por mais que nos machuque o fim, o melhor que podemos fazer é nos escolher e continuar a caminhada!

Tem vezes que somos obrigada a escolher, para o bem de alguém, nos machuca então mais que tudo, porque partimos amando, e sofremos em ter que dizer adeus, mas na realidade estamos escolhendo a outra pessoa e não nós mesmos. Talvez isso aconteça quando desejamos de coração a felicidade de alguém. Deixamos então de ser egoístas para amar verdadeiramente.

Acho que isso é amar de verdade.

Nunca fui capaz de partir da vida de alguém amando, e muitas vezes me machuquei com isso.Se é que realmente era amor.

Acho que quando estamos vazios, sozinhos, nos entregamos em uma escolha única, da nossa felicidade, do caminho que queremos seguir, vivemos uma utopia, um mundo que criamos e desejamos conhecer tudo o que vai nos fazer bem.

Talvez um conto de fadas, ou ainda uma história sem fim.

È talvez, nessas horas de solidão que aprendemos o que realmente importa entre duas pessoas, porque já erramos tanto que ficamos entre o medo de errar e a necessidade de acertar.

Não sei se um dia seria capaz de escolher alguém, é nessa hora, quando me pergunto em silêncio, que vejo a minha realidade interna. Será que um dia já amei alguém?

Será que estou preparada para amar alguém, estou madura o suficiente para aceitar as escolhas de outra pessoa, ou ainda escolher caso isso seja realmente necessário?

Eu não sei a resposta, não sei ainda a minha capacidade de amar.

Tenho medo do novo, assim como tenho medo de altura, de cobra.

Tenho medo desse sentimento que tantas vezes fez alguém fazer escolhas que eu não fazia parte!

Estou aprendendo a aceitar as escolhas alheias e a me escolher quando for necessário.

É uma questão de sobrevivência.

Porém as vezes me acho imatura demais, ou ainda, tenho tanta alma na escolha que me perco entre o silêncio e a alegria de continuar.

Não sei até que ponto sou capaz de escolher alguém, mas aprendi, esse ano mesmo, que quando não fazemos parte dessas escolhas, a única coisa que podemos fazer é seguir em frente.

É nessa hora que nosso egoísmo vale, é quando escolhemos seguir em frente e nos escolher. Uma necessidade de seguir e ser feliz.

Sei lá. A vida é muito complexa e às vezes vivemos utopias diferentes.

Mas aprendi com essas escolhas a ficar sozinha e descobri que a solidão tem seu brilho e muitas vezes precisamos dela para realmente aprender a amar alguém.

Acho que hoje mesmo morrendo de medo, estou no caminho certo

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