domingo, 9 de novembro de 2008

O sentido da vida é ser o seu melhor, dar o seu melhor, buscar nas pessoas o melhor que elas tiverem em si.

A sua esperteza termina quando começa a minha.
Sinto lhe informar, mas quando a gente quer tudo na vida, acaba não tendo nada. É assim que funciona. Eu até poderia tirar o pouco que lhe resta, mas o meu egoísmo não permite. O meu tempo ocioso é mais importante que qualquer maldadezinha. Aliás, antes fosse maldade porque no ponto em que estamos, em que você está, isso seria muita covardia da minha parte.
Sinta pena de si por mim ;)

"em luta, meu ser se parte em dois. um que foge, outro que aceita. o que aceita diz: não. eu não quero pensar no que virá: quero pensar no que é. agora. no que está sendo. pensar no que ainda não veio é fugir, buscar apoio em coisas externas a mim, de cuja consistência não posso duvidar porque não a conheço. pensar no que está sendo, ou antes, não, não pensar, mas enfrentar e penetrar no que está sendo é coragem. pensar é ainda fuga: aprender subjetivamente a realidade de maneira a não assustar. entrar nela significa viver ."

Não falar mais sobre uma coisa não significa que ela esteja resolvida ou que tenha sido esquecida.

Sou feita de fatos.
Tenho meus sentidos aguçados e pouca percepção da realidade mais pura. A simplicidade é minha filosofia de vida. Tenho a teimosia (ou persistência?) ao meu lado. Tropeço, caio, me chutam, levanto, me levantam, volto a andar, esbarram em mim, caio de novo, levanto.
Leio. Tenho os livros como companhia quando a minha própria não me basta (Caio Fernando Abreu me entenderia).
Para festas e fossas tenho os amigos (os melhores, eu diria). Para tempos de crises internas os fones de ouvido.
Escrevo. Principalmente quando a tristeza está comigo. Bem, mal, pouco ou muito, mas escrevo.
Não durmo em horários habituais. A insônia me acompanha, às vezes a inspiração também, mas uma não é sinônimo da outra para mim.
Enquanto tento dormir crio textos, histórias, faço planos, lembro de pessoas, revivo situações e as refaço.
Penso na morte (não necessariamente da bezerra), mas esse é um dos meus medos (senão o maior).
Aliás, o medo é uma constante. O novo me dá medo. O que foge do meu controle me dá medo. Simples. O medo. Mas também tenho minha dose de ousadia; meus momentos de 'foda-se, vamos viver o JÁ'.
Tenho um par de All Star branco, um par preto, um piercing no nariz, uma irmã, três cachorros e faço um brigadeiro de panela que são minhas paixões. Uso óculos para ler (na verdade não preciso, mas me dão um ar de jornalista-séria-tarada-enrustida que me agrada).
Tenho algumas responsabilidades. Uma delas é eterna, mas se essa é 'minha missão' certamente a cumprirei com amor. Por falar em missão, eu não acredito na existência de um Deus nem de dois nem de vários ou outros. E odeio pessoas intolerantes, portanto se isso for um impecílio para se aproximar de mim, agradeço. Fique bem longe.
Me fascino com a harmonia que nosso organismo funciona e me assusta a idéia do seu envelhecimento. O tempo passado me assusta e o futuro também.
Mas que objetivo teria tudo isso se não fossem os sustos, os acasos, a tristeza para nos mostrar o valor da felicidade, os toques, os sons, as cores, o branco, o preto, os sonhos, os temperos, o gosto do puro?
Taí. O sentido da vida é ser o seu melhor, dar o seu melhor, buscar nas pessoas o melhor que elas tiverem em si.
Viver melhor, sentir-se melhor consigo, com o coração.
E como diria o poeta: Tenho apenas duas mãos e todo o sentimento do mundo.

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